quarta-feira, 22 de julho de 2009


Tua boca
é veneno
quando ama
vadia
anuncia a ventania
que espalha
tua chama.
Essa boca, tua boca
que é minha.

A outra boca
que procura
é pouca
ou ardia
Tua boca
evolui
quando clama
quando chia.

Abandona
tão bandida
teu veneno
sem tortura
que não mata
agonia.

BLASFEMEA


Sou bandida e movo montanhas
a seu pedido
Bem mesquinha, te quero comigo
Vem meu doce, meu macho
acho que você ainda não entendeu
Que está preso a mim
E livre como um pássaro
Porque a nuvem sou eu.
OLhe a lua que te dei
Ou te darei um dia
No dia que me der um "sim".
Te caço como um homem
e procuro teu aroma jasmim.
Se entregue a tua mulher
Sempre tua
Nua, a seu dispor.
Sem complô, te acho
Sem acaso: destino.
Não fuja, te dou o vento
O amor, o tempo
Do que quiseres te alimento
Mas não me venha com ausência
De alma, de amor.
E nem com clemência.
Porque te quero sim,
Mas inserida na tua natureza...