Eu tenho um amor.
É verdade, dizem que ele é ilusão
mas não é.
Faz declarações intermináveis a menina
que ama
e eu fico besta diante de tanta pureza.
É verdade, dizem que é loucura
mas talvez seja.
Meu desvario beira o ridiculo
e tola, nem sinto o quanto.
Dizem que amar é ridiculo
amar demais é o desvario supremo
de uma alma insana.
Amar sem reciprocidade é a burrice longilinea
e falastrona.
Eu tenho um amor.
Reconheço ele em todos os meus movimentos,
initerruptos movimentos.
Ele é meu desde o dia que nasci,
ou até antes.
Ou depois de amanha e ontem.
Não o quero:
eu o tenho.
Dentro de mim, ilusão, ficção e intensidade
use as palavras que quiser, eu o tenho.
Eu sei o que é
mas não sei para onde vou.
Eu tenho um amor.
Olho nos seus olhos
ele está dentro de mim
e estou dentro dele
inconforme, viril, louca
apaixonada, para sempre riscado para dentro e fora de mim.
2 comentários:
Interessante. Muitas projeções, imagens do incosciente e demonstrando como a alma pode ser simples e complexa ao mesmo tempo
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