segunda-feira, 25 de junho de 2007

MANCHA
Perdi a rima do poema
Mas não perdi a auto-importância.
Um dia esses rabiscos serão exposto
E muitos se adequarão a esses versos banais.
Pretensão.

Voltei a fazer poemas
No fundo do poço, finalmente.
O poeta é marginal
E estou na margem do papel
Nessa quimera sem fim.
Perdi quase tudo na vida
Mas recuperei a poesia.
Sem a dor, a mágoa, o desprezo
Não se faz poesia perfeita
Não se aprende a viver
Não se ganhaa credibilidade.
A negação é provedora de crescimento
E de cicatriz que não emudece com o tempo.


VALSA
Um ensaio, um boleto, esmero.
Versos fáceis, rimas facéis
Deamor fácil de rimas da dor.
Espero.


LONGETIVIDADE
Poema curto,
Curtíssimo,
De tempos gastos em desconversas.


DESCULPAS
O tédio lamenta a ausência
Mas foi tomar um porre homérico
E não pretende voltar tão cedo.

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