Planices e Planaltos
Seus olhos marejantes vibram a qualquer instante
são curiosos, latentes, vivos e doces.
Seu cheiro lembra o mar selvagem de praias desertas
como se nunca existisse, como se fizesse parte do cotidiano.
Sua mão, que poderia ser firme como a de um homem ao mar
é simples plainagem de aconchego e ternura
em minha vida truculenta de maremotos e vertigens.
Encontro uma rede em teu abraço
encontro um caminho,
mesmo que desconhecido e trêmulo,
que sigo a cada dia
com passos firmes e olhos fechados.
Soltinho
Sua cabeça é solta ao vento
_Puxo o fio da linha para trazê-la mais próxima
do centro da terra.
Seus sonhos vagueiam por lugares que nem a imaginação mais
fértil poderia alcançar.
_Eu visto minha camisa de força para chegar mais próximo.
Um menino diante do frio da dúvida
e da dureza dessa vida cinza chamada maturidade.
Um homem, regado de sentimentos por todos os poros.
Timido, um herói, um louco.
Travado nas prisões de cada lado da escolha.
Que arrisca de peito aberto e sorriso doce
Que de caçador virá caça no bailar inebriante das tentações
Que não sabe o que quer
Mas que sabe tudo o que não quer.
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